terça-feira, 9 de dezembro de 2008

" Insucesso "


Nossa! quanto tempo sem escrever...vários motivos estão para assolar tal inércia..

É interessante que neste tempo vários assuntos me fizeram refletir de maneira muito intensa,
desta vez quero abordar o seguinte brocardo : "O que fazemos em busca do sucesso"
Não pouparei minhas opiniões sobre a influência da sociedade, e sobre sua tendência em nossas vidas, sempre com o meu pensamento garantista; penalmente falando irei começar pelo assunto mais polêmico neste tempo em que fiquei sem escrever.
O caso Eloá, Certa vez me foi perguntado por um amigo de classe, o que eu achava sobre o suposto assassinato de uma MENINA...alienado como todo bom brasileiro, que adora ler jornais ou periódicos, Logo comentei : - Quem a Eloá..? ele como um homem sábio me disse: - Não! estou falando da morte de uma menina no interior da Bahia, envergonhado pela massificação televisiva, aquilo me fez pensar....

Não quero deturpar o assunto, vou seguir sobre o tema da imposição da sociedade por busca do sucesso, como disse aos ilustres amigos no começo ( risos).
Nossa "educação" quando digo isso, é certamente no sentido amplo da coisa, quando a mesma é imputada pelo moralismo social, que desde os primeiros passos é imposto à busca do sucesso, tanto profissionalmente, como em relacionamento e etc.
Trato o assassino da Eloá como uma própria vítima, de uma sociedade que impõe valores. Quando falo vítima estou me alto contra-dizendo, por ser vítima uma expressão altamente moralista. Hoje a sociedade participa de elementos cujo outrora não saberia como se defender.
Caso venha tentar enumerá-los, passaria horas e não conseguiria esgotar o tema.
Faço uma pergunta aos nobres amigos: será que a interferência dos pais é importante num relacionamento, bem como nas escolhas?

A resposta vem de forma negativa, haja vista, que a história já nos mostrava que a única intervenção retratada com brilhantismo por Shakespeare não tivera um final feliz, a solução não está no escolher parceiros, e sim orientações, tendo em vista que a intransigência será catastrófica.
"Doação"
Antônio, médico, super reconhecido, sempre fora à favor de doação de órgãos até que um dia, seu filho morreu, os médicos sabendo de sua anuência sobre doação logo indicaram às córneas para serem doadas, sendo que o médico não deixou, para surpresa de seu colegas.
O pai, mantinha sua tese de que não deixaria pois seu filho estava lindo, perfumado e ele queria ficar com aquela imagem de seu filho; Depois de 4 dias ele percebeu a besteira que fez, o filho fedia.

" A mídia tem fome de ídolos "
Ela os cria, usa e, se perdem no vício ou deixa de render dividendos , ela os execra.
Bem disse Darci Ribeiro: a preocupação da mídia não é com informação, mas com venda. Neste afã, ela produz imagens novas e as alardeia . Recordo-me de uma cantora, não sei se ainda canta, que de repente, em todos os órgãos de informação era chamada de " O furacão fulana de tal " . O furacão virou brisa mansa.
Agora é uma menina chamada Maísa, a nova coqueluche. Quase que diariamente há uma manchetezinha solta, aqui e acolá, para divulgar seu nome. Em uma, ela embaraçou o mestre do empreendorismo " Silvio Santos " . Vi uma propaganda da menina outro dia, na televisão. Com uma boneca. Não brincando, mas vendendo. Ela virou boneca, é marca de bonecas. A menina que deveria brincar com bonecas ( os fundamentalistas de esquerda vão me chamar de formador de estereótipo) virou marca de boneca e serve para vender boneca. Ela não brinca. Ela fatura. Que pena! Sua infância está se esvaindo.
Em outro programa , uma menina de uns oito anos, no máximo, toda produzida para parecer sensual, de mini-saia , de botas, meias pretas, maquiada como se fosse uma mulher adulta, remexia o corpo no que deveria ser uma dança sensual. Se fosse uma mulher adulta, seria lasciva. Sendo uma criança era grotesco! A sexificação precoce me chocou. A mãe dizia depois, eufórica, que vale tudo para ver sua filha ter notoriedade. Não guardei o nome da menina, mas seja qual for, é uma outra Maísa. As crianças estão sendo usadas por seus pais para ganhar dinheiro, e isto é tão chocante quanto ao ato de pais ou adultos que usam crianças para pedir esmolas no semáforo. São pais que usam crianças para ganhar dinheiro do sistema. É uma infância perdida . Alguns pais não estão desejando para seus filhos a formação de um caráter sadio, mas querem transformá-los em máquina de ganhar dinheiro . Se eu ainda tivesse 16 anos diria: " São sinais de uma sociedade burguesa e decadente". Mas, bafejado pelo tempo, digo apenas: " Como o pecado é forte e como destrói a percepção de valores das pessoas ! ".
De uma mudança radical de propósitos e de visão. O mundo está, na frase de uma personagem de Sartre, em " As mãos sujas" , " rebentando por todas as juntas ", mas muitos setores até mesmo da "igreja" estão apaixonados pelo mundo. Para que não haja mais Isabellas , Joões Paulos, Maísas e outras crianças, algumas assassinadas no físico e outras feridas na infância que se vai embora pelo dinheiro.

Dica cinematográfica: Paris eu te amo, (um conjunto de vários curtas que demonstram todos os sentimentos de Paris)


Dica musical : João e Maria

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

" quem é dono do nosso amor ? "


O prazo do período de prova condenatória para o homem e sua sentença de vida!

É nesta frase que começo a nova postagem por saudade de escrever, hoje volto aos pensamentos, quase sempre que estam presente em minha vida. Queria agradecer aos comentários da primeira postagem e da instigação de algumas pessoas que mesmo sabendo dos erros que possui está página, mostram vontade em ler, no final colocarei minhas saudações .

" O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem . ( Guimarães Rosa )


Então, eis uma pista para filosófica pergunta que insisto em manter "de pé", acho que morrerei quando perder o interesse e a fissura de tudo que faço e a vontade de saber o que existe na próxima curva.

Com o pensamento da postagem de hoje, algumas indagações aos nobres amigos :

Tudo precisa de um ritual? Quando nós nos sentimos traídos temos vontade de atacar a pessoa por não ter suprido nossas esperanças ?

Como corolário
Nietzsche com o brilhantismo que lhe é peculiar: ( Parece que fala pra mim "risos" )

Eu sou vários. Há milhões em mim na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles. há uma velho, uma criança, um sábio, um tolo, você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim.
Mas prometo que, se nos sentarmos à mesa nesse ritual sagrado, eu lhe entregarei ao menos um dos tantos que sou. Desde logo, existe Ilusões: Também tenho um lado mau, ruim, que tento manter preso e que quando se solta me envergonha. Não sou santo, nem exemplo, infelizmente.

O tema de hoje é bem curto, tratarei do segundo mandamento das leis de Deus.

Deus em suas palavras para Moisés, declara para que não fizéssemos outros ídolos, nem semelhança alguma do que há em cima nos ceús, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não adora-las-á, nem prestar-lhes-á culto, por que eu, teu Deus, sou Deus zeloso

EM UM RÁPIDO RACIOCÍNIO PODEMOS PENSAR : - DEUS É CIUMENTO?

Cheguei a uma conclusão de vida e que responde de forma negativa, minha interpretação se baseia em:

Sou Deus e agüento a parada, o trabalho é pesado eu consigo não coloque outro no meu lugar, vai por mim...

Entretanto muita das vezes colocamos pessoas neste altar, confinando nela nossas esperanças nosso amor, esquecendo que somos homens e falhamos e não estamos preparados para este trabalho, é super normal quando amamos maquiármos os erros e lapidamos a pessoa de uma forma que seus erros não aparessam.

Só que um dia recebemos uma injeção de realidade e essa pessoa cai do altar trazendo um repúdio imenso sendo que o maior erro foi cometido por nós mesmo por confinar nossas esperanças num simples mortal " que erra" assim como minha mãe no tema anterior ( risos )
e essa dor é forte.

Quando estamos no pedestal e caímos:

- O tempo não volta zé!

Quando glorificamos o mortal:

- Que merda que eu fiz zé!

Por isso como um dica de vida, nunca espere uma linha de conduta igual a sua, faça tudo sempre de coração sem esperar nada em troca, ame o próximo com todos os seus defeitos e virtudes, nunca maquiando os defeitos com amor, e sempre colocando Deus para esse trabalho.

Seja como for estamos aí vivos, Amores vem e vão a todo momento, sobrevivendo, em um combate diário, e, em qualquer caso, como diria o naufrago " quem sabe o que vai trazer a maré"?

Agradecimentos: A nobre Lary por sempre perguntar sobre as postagens ao meu primão Gildão!
adoro vocês!!

Fazendo uma pequena ponte com o princípio do vácuo, onde você se libertando de uma coisa "res" antiga, isto é, jogando fora expulsando nem que seja uma roupa velha dará chance de uma nova "roupa" chegar . Rafael S.Faria

Dica musical : Soraya Queimada ( Zéu Brito )



Dica cinematográfica : O fabuloso destino de Amélie Polain

Rafael Faria

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

" Dogmas vividos na vida "


Primeiramente, algumas considerações, não é nada profissional portanto não irei me atentar com capricho, tampouco formatações belíssimas, todavia pretendo manter um português na medida do possível correto.


Minha primeira postagem pela foto ao lado já pode ser admitida e para alguns sem sabor nenhum de novidade trata-se da Empada tanto repudiada por minha mãe em minha infância.


À cima estamos perante aos primeiros "filósofos" os Sofistas para melhor entendimento vamos a um glossário sobre o que são os sofistas:
termo “sofista” é na atualidade utilizado para designar, no contexto filosófico, aquele ou aqueles que, através da sua argumentação e discurso, pretendem persuadir um auditório a aceitar a sua tese, sendo que esta pode não ser totalmente verdadeira, pretendendo, assim, através de uma argumentação enganadora, seduzir um auditório ou mesmo lisonjeá-lo, em vez de procurar e defender a verdade.

Sem ser prolixo e rápido para que o entendimento seja tranqüilo ele imputavam os "DOGMAS"
indubitavelmente tratamos da verdades imposta, ou seja, da verdade inquisitivo, não quero ser pedante e começar a falar sobre os temas da filosofia, haja vista que o público alvo que são vocês meus amigos possuem no máximo 25 anos e não farão um juízo pouco lisonjeiro de meu final de semana.

Tudo começou assim: Meados de 92, prática reiterada de minha família, era freqüentar festinhas familiares. É normal que toda criança não se comporte bem, e eu não era diferente, minha mãe sempre preocupada com os que outros achavam sobre meu comportamento, sempre me privou de algumas coisas, hoje sou extremamente agradecido, Muito embora desta vez ela não será possuidora de minha gratidão, quando ofereciam-me algum tipo de prato sempre passavam por suas revistas.

Ela sempre me dizia o certo e o errado mãe e mãe, é um desejo sociológico que seja sempre o seu norte, perante tal argumento trato de fazer uma pergunta que irá de encontro com minha educação, porém será necessário fazê-la : Já imaginou sua mãe transando? isto com certeza virá de forma negativa em seu sistema. Mas elas erram.

Minha mãe sempre me negou comer EMPADA sobre a tese de que isso me faria muito mal, mal mesmo e sempre levei isso como uma verdade, sabe por quê? ela é minha mãe ?
nunca comi empada sempre neguei, tinha até certo repúdio sobre empadas, e nunca enfrentei tal medo.

É mister, que o tempo passou e a vida me proporcionou a adolescência ( fase crítica ) onde nada mais é perigoso.
Até que chega a faculdade, melhor dizendo o famoso "Trote" entre conversas e desgastes a tarde passou e não tinha almoçado, a fome se fazia presente maior a cada momento até que adentrei em um bar e perguntei o que tinha de salubre para comer além de ovos coloridos e carne com pão, foi me respondido que havia apenas uma empada, Parecia que minha mãe estava com o dedo em meu rosto dizendo "Não" isso irá lhe fazer mal.

Embora o tempo passava e a fome era gradativo até que chegou o " Grande momento" não agüentei e adentrei no boteco e falei : - Me vê essa Empada.
Sem favor nenhum, foi a melhor sensação da minha vida, sem delongas sobre o favor até porque será uma opinião tendenciada, cheguei em casa e fui recepcionado por minha mãe que reclamou do horário e sem dar chances às suas perguntas, perguntei : - por quê, falou que eu não gostava de empada?
Contei todas a história que relatei a vocês e ela me respondeu : "O motivo era que você se sujava demais". É triste mas essa é minha história sobre os dogmas e minha relação de amor e ódio com a empada. Muito embora agradeço minha mãe por toda educação e por manter-me perante uma educação cristã e de justiça social bem como toda minha família sou grato.


Rafael Faria